Sumário
Há anos que as motos de 2 tempos sumiram do mercado brasileiro de motos devido à normas de emissão, afinal apesar de sua potência estes modelos não eram conhecidos por sua eficiência e baixa emissão.
Exatamente, as motos de 2 tempos eram conhecidas por seu aroma de fumaça e óleo, a Yamaha principalmente ficou conhecida por fabricar motos que apesar de seus motores pequenos eram giradores, e por possuírem menos peças móveis permitiam modelos leves que competiam de igual para igual com motos maiores de concorrentes como a Honda.
Sem enrolar vamos abaixo com a nossa lista.
5) Agrale Elefantre SXT 16.5
Esta foi a moto que mudou todo o paradigma do mercado de motos nos anos 80, quando sequer se pensava em arrefecimento liquido em motos, a marca de Caxias do Sul trouxe um modelo compacto , utilitário e que fornecia certa esportividade.
A Agrale SXT 16.5 tinha linhas modernas, em um mercado onde suas competidoras estavam acomodadas há anos, representando uma chance de roubar mercado da Yamaha DT 180, XLX 250 e Honda CG 125.
Em 1984 o ano de lançamento desta moto, o que gerava mais confusão inclusive era seu nome: 16.5 que fazia com que muita gente pensasse que era sua cilindrada, porém era sua potência seu motor era de 125 cilindradas, mas por ser de 2 tempos rendia bem.
Apesar da Honda XL 250R possuir 22cv, ou seja quase 6 CV a mais, também pesava mais 129KG (peso seco de acordo com a Honda sem contar óleo e combustível), enquanto a pequena agrale pesava por volta dos 105Kg.
Pela primeira vez a Yamaha se viu ameaçada nas trilhas e no Off Road onde a Honda ainda não conseguia chegar e a DT 180 reinava.
Porém a Agrale Elefantre 16.5está em 5º lugar pois apesar de toda sua revolução e durabilidade a moto de origem Italiana fabricada no Brasil teve uma vida curta no mercado e um número baixo de unidades vendidas, o que é bem comum no mercado de motos Brasileiro que se comporta de maneira binária sempre preferindo entre Honda e Yamaha.
- Veja também: As piores motos vendidas no Brasil
4) Yamaha RX 180
Muitos colocam esta como a primeira moto custom de baixa cilindrada do Brasil, afinal em outros momentos tivemos distribuição de marcas como Harley Davidson no Brasil, com passagens conturbadas e curtas.
Isso mesmo hoje falamos de Suzuki Intruder, Dafra Kansas, Yamaha Virago, entre outros modelos que marcaram os anos 90 e 2000, porém a primeira a desbravar o mercado de custom de baixa cilindrada no Brasil foi a Yamaha RX 180.
A Yamaha RX 180 trazia o conhecido motor 2 tempos da Yamaha emprestado da família RD com 176,4cm³ e 17,6 CV, e um visual que tentava se aproximar dos modelos custom mais “estradeiros”, com o famoso “guidão chifrão”, tanque mais arredondado que já não era mais a “moda” nos anos 80.
Seu foco seria o uso misto entre urbano e estrada, é um modelo que deixou muitos fãs, porém há essa altura o motor de 2 tempos já sofria com uma má fama de “quebrador”, isso porque na época os motores de 4 tempos das Hondas CG permitiam um “uso soviético” com menos cuidado.
Porém há histórias de pessoas que rodaram por anos com estas motos inclusive viajando, a Yamaha RX 180 está em 4º lugar nesta lista por ter sido a pioneira do mercado de motos custom de baixa cilindrada do Brasil.
3) Yamaha DT 180
A rainha das trilhas, a DT 180 mudou o paradigma do mercado nacional, diferente de sua antecessora a TT a DT se utilizava de um sistema suspensão monoshock, similar ao prolink da Honda, onde há um único amortecedor centralizado na moto.
Este sistema tornou a moto mais robusta e mais eficiente nas trilhas do que suas antecessoras, principalmente em localizações mais para o interior este modelo fez muito sucesso.
O motor da Yamaha DT 180 é conhecido por sua robustez, sendo um dos favoritos dos fãs dos motores de dois tempos, inclusive tendo sido utilizado por muito tempo em karts.
- Veja também: Yamaha DT 180 – Ficha Técnica e História
O que significa DT?
O DT significa Dirt Tracking, isso mesmo, existe uma lenda de que DT é dois tempos, mas o nome veio importado da linha norte americana da Yamaha.
2) Yamaha DT 200
A Yamaha DT 200 é a evolução natural da DT 180, apesar de ambas terem convivido em simultâneo este modelo trouxe grandes evoluções como: arrefecimento liquido.
Vendida de 1994 até 2000 no Brasil esta moto contava com um motor de 25cv à 8500 2,1Kgfm de Torque a 8000RPM, porém sua maior vantagem era seu baixo peso de 110Kg o que fazia ela mais fácil no uso offroad que suas concorrentes da Família XLX e NX mais pesadas.
1) Yamaha RD 350 a “Viúva Negra”
Das motos dois tempos que passaram pelo Brasil a Yamaha RD 350 foi a que mais marcou os anos 70, 80 e 90, isso mesmo marcou três décadas, criou um mito na mente dos motociclistas de todo o país.
A RD 350 protagonizou o maior duelo Davi x Golias do mercado nacional de motos, afinal apesar de seu pequeno motor de 350cc e 2 cilindros conseguia bater de frente com a 4 cilindros CBX 750cc, conhecida como a “sete galo”.
- Veja também: Yamaha RD 350 – Ficha Técnica E História
Seu apelido de viúva negra veio por conta de sua grande potência, pouca capacidade de frenagem, e um pouco de falta de cautela de seus pilotos talvez um pouco de cada.
Nos anos 80 e 90 a Yamaha RD Passou por um Upgrade que permitiu que ela ficasse mais segura com sistema de discos duplos, sistema de suspensão por amortecedor central, carenagens e um motor arrefecido a liquido que fornecia 55cv a 8500RPM, mais que o suficiente para brigar com motos maiores devido aos seus 154kg.
O que significa a sigla RD?
A sigla RD significa: Race Developed, ou Desenvolvida para Corrida em uma tradução livre, muitas vezes traduzida também como Desenvolvida para Competição.
Não atoa a família RD era conhecida por seus motores giradores e que proporcionavam velocidades elevadas.
Bônus: Yamaha RD 135.
Não que a RD 135 não seja uma excelente moto de 2 tempos, porém diferente de outras motos citadas aqui nesta lista este modelo trouxe poucas novidades ao chegar ao mercado, tendo revolucionado por seu design que acompanhava o fim dos anos 80 e 90.
Porém a RD 135 rivalizava com motos maiores como a CBX 200 Strada da Honda, mesmo com cilindrada inferior, devido ao seu baixo peso dominou inúmeras arrancadas e inclusive seu motor foi muito utilizado para produção de karts.