Sumário
Fala seus pilotos de teclado! Hoje vamos mergulhar na história incrível que envolve a parceria entre a Harley Davidson e a AMF.
Se você acha que já conhece tudo sobre a Harley Davidson, prepare-se para descobrir os detalhes curiosos dessa colaboração que afetou a marca de motocicletas mais icônica do mundo.
Hoje vamos explorar os altos e baixos dessa jornada e entender como a Harley Davidson conseguiu se reinventar. Preparados? Vamos lá!
Harley Davidson se uniu à AMF (American Machine and Foundry Company.) durante o ano de 1969, uma empresa conhecida por fabricar de tudo, desde equipamentos de boliche até produtos marítimos. Foi uma parceria inesperada, mas que prometia trazer grandes mudanças para a marca das duas rodas, que todos sabiam que tinha tudo para dar errado.
Porém neste momento a Harley Davidson estava cada vez mais ameaçada pelas marcas japonesas que traziam para o mercado estadunidense motos de alta qualidade de produção, baixo custo, manutenção simples e eficientes.
Neste ano por exemplo o portifólio da Honda já contava com motos como: Gold Wing, CB 750K, a Yamaha com suas lendárias famílias de moto RD, e a XS representada pela XS 650cc. Ou seja, neste momento a Harley Davidson não se encontrava no melhor cenário.
Calma, sim entendo que para o fã de Harley Davidson no geral a tecnologia e a inovação pouco importa, afinal, neste momento todos estavam apaixonados pelo obsoleto motor Shovel Head que até eu tenho que concordar que o ronco é incrível, mas a marca não conseguia mais ter tanta penetração de mercado com tantas novidades chegando de fora.
Isso mesmo, nesse ponto chegamos ao famoso: “Daqui pra frente só pra trás” na história da Harley Davidson em sua parceria com a AMF.
Durante a parceria, a qualidade das motocicletas Harley Davidson sofreu uma queda absurda. Desde problemas sérios como, vazamentos de óleo, falhas mecânicas graves em motocicletas novas, problemas de segurança, todos vindos da falta de controle de qualidade. Ou seja, eles conseguiram além do mais piorar as famas que as harleys tinham em relação à suas vedações e qualidade de montagem isso mexeu com a reputação da marca mesmo entre os fãs mais apaixonados.
Ah, a AMF chegou com tudo, o famoso “pé na porta e soco na cara” e resolveu colocar sua marca nessa parceria. Ela trouxe mudanças no design e nas técnicas de produção que prometiam motos mais confiáveis, modernas e que competissem de igual para igual com as motos européias e japonesas da época.
A AMF buscava modernizar toda a linha de motos, trazer aumento na a eficiência, mas nem todo mundo curtiu tanto assim. Os fãs da Harley Davidson torceram o nariz para as novidades, afinal sabemos que é uma fanbase pouco aberta à mudanças da marca.
Nem tudo foi ruim durante o período da parceria da Harley Davidson com a AMF, apesar de qualidade de montagem e acabamentos questionáveis a AMF conseguiu produzir modelos que marcaram época e possuem uma grande fanbase
O Super Glide é um dos modelos mais emblemáticos dessa era, buscando trazer novidades para a marca que já sofria os efeitos de contar apenas com projetos antigos. Ele combinou elementos das motos Sportster e Electra Glide, criando uma moto única e inovadora.
Buscando trazer frescor para a marca, outro modelo que fez grande sucesso nesta era foi a FXS 1200 Low Rider, contando com rodas de liga leve, buscava conversar mais com as tendências dos anos 70, mas ainda sim não sendo o suficiente para trazer frescor para a marca.
Um dos modelos mais iconicos da moto, uma das paixões de muitos harleyros até hoje, principalmente dos praticantes de Flat Track foi a Harley Davidson XR 750, com seu legado que perdurou por muito tempo.
Mirando na filosofia de “ganhe no domingo para vender na segunda-feira” a marca buscou criar um modelo específico para pistas onde a marca reinou até a chegada das trail japonesas.
Durante esta parceria a marca não teve só sucessos, pelo contrário, colecionou muitos fracassos, entre eles alguns modelos de motos, ou veículos que não sei se poderiam ser chamados de motos que deixaram uma certa marca.
Uma das parcerias mais inusitadas durante esta época foi a Harley Davidson Motovi, quando a AMF achou que seria uma boa ideia trazer para sua operação modelos de 125cc da marca italiana Motovi, mirando concorrer com os modelos de 2 tempos japoneses, e como sabemos os harleyros não gostaram muito da ideia.
Algumas unidades dessas motos ainda podem ser encontradas por aí, inclusive no Brasil, tendo sido uma Harley acessível, apesar dos harleyros mais fanáticos dizerem que esta moto não é uma Harley davidson.
Você não leu errado, durante os períodos de 1971 a 1975 a AMF decidiu que seria uma boa ideia utilizar a marca Harley Davidson para a produção de Snowmobiles, mirando um novo mercado, que inclusive já era dominado pela Polaris, ou seja, tudo para não dar certo.
Esse é o período que os maiores fãs da marca evitam lembrar, porque a década de 1970 foi um período bem complicado para a Harley Davidson.
Ao invés de manter seus lucros na marca de motos a AMF trazia seus lucros diretamente para a empresa matriz onde redistribuia os recursos para suas subsidiárias, fazendo com que a Harley Davidson trabalhasse com as contas cada vez mais no limite.
Além dos problemas com a qualidade das motocicletas, ainda tinha a concorrência forte das motos japonesas. Resultado: a empresa passou apertos financeiros e como dizem hoje em dia, quase que foi de “arrasta pra cima”.
Eis que surge um herói! No início dos anos 80, um grupo de investidores liderado por Willie G. Davidson, neto de um dos fundadores da Harley Davidson, salvou a empresa das garras da AMF. Foi um verdadeiro renascimento, uma nova chance para a marca se reerguer e brilhar mais forte do que nunca.
Mesmo com todos os perrengues vividos durante a parceria com a AMF, é inegável que essa história deixou um legado importante para a Harley Davidson. As experiências e desafios enfrentados moldaram a marca, tornando-a mais resistente e preparada para qualquer desafio.
E assim chegamos ao final dessa história incrível da parceria entre a Harley Davidson e a AMF. Foi uma montanha-russa de emoções, com desafios e reviravoltas, mas a Harley Davidson conseguiu se reinventar e se tornar ainda mais forte. Lembrem-se sempre que, mesmo as marcas mais icônicas, têm seus momentos de dificuldade, mas é a forma como elas enfrentam essas situações que determina seu sucesso a longo prazo.
Sim. Durante a parceria, a qualidade das motos Harley Davidson sofreu um declínio significativo, com problemas como vazamentos de óleo e falhas mecânicas.
Após enfrentar dificuldades financeiras e problemas de qualidade, a Harley Davidson foi comprada por investidores liderados por Willie G. Davidson, que trouxeram a empresa de volta aos trilhos.
Certamente! Essa parceria trouxe experiências valiosas e moldou a força da marca da Harley Davidson, contribuindo para a sua história.
Ao longo dos anos, a Harley Davidson modernizou suas técnicas de produção, mas alguns conceitos e aprendizados dessa parceria podem estar presentes na abordagem atual da empresa.
A Harley Davidson continua sendo uma marca poderosa e respeitada no mercado de motocicletas, produzindo modelos de alta qualidade que encantam os entusiastas de todo o mundo.
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